Quem disse que decepção não mata? Mata sim. Aos pouquinhos, devagarzinho.
Ser "gente grande" deve ser uma vida recheada dessas mortezinhas. Disso devem morrer os jovens. Quando o objeto de luta deles se torna mentiroso, sujo e integrado ao sistema. Daí vemos o cara engajado, pôr o terno e gravata, o crachá e entrar numa fila...
As vezes parece que tá tudo errado. Que deu tudo errado. Que tudo deve ser mentiroso e falso. Que todas as boas intenções são engolidas e distorcidas.
Sempre achei muito pessimista e discordava do ditado "De boas intenções o inferno tá cheio". Achava que queriam dizer que nenhuma boa intenção tinha real valor. Hoje já vejo o ditado um pouco mais específico. No inferno está cheio de boas intenções, mas não são para lá que todas vão. Mas ainda sim muitas vão para lá. E junto delas quem fez a intenção degringolar e quem ajudou e quem compactou e quem não pulou fora e não tentou salva-la.
Decepção mata sim. Mata os pedacinhos de sonhos ou de esperanças.
Tá bom, tá bom... Também ensina a viver...
Ensina a ver a vida como ela é. Nada de tão bonito quanto se imaginava, nada de tão puro, nada de tão altruísta.
ao léu-> Significa uma coisa que não tem finalidade, que não faz sentido, ou que não serve pra nada. É uma frase dita ao vento. léu sm pop (provençal leu) 1 Ócio, vagar. 2 Ensejo, ocasião. Ao léu: à toa; à vontade; nu, descoberto: Com a cabeça ao léu. ao léu de 1.(Uso: informal) ao acaso de; ao capricho de * navegar sem leme, ao léu dos ventos e das correntes
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Falta
Não sei de verdade o que é saudade. Dizemos isso para tantas coisas sem importância ou para pessoas que com um telefonema, uma mensagem na rede social alcançamos.
O que eu sinto, e o que me machuca é a falta. A falta de uma pessoa na nossa vida. Não ouvir nunca mais uma voz, nunca mais ganhar um abraço, não escutar mais um assobio, até não perder mais a paciência com uma pessoa incomoda. O silêncio dói.
Os pertences agora sem seu dono ferem. Tudo que te faz lembrar, me faz querer chorar. E se apegar em pequenas coisas parece ser a solução. Uma foto, um presente, uma roupa. Nada adianta. Você não esta mais por aqui.
O que me lembro da sua ida são as coisas sem nenhuma importância. Do barulho do ventilador exagerado, do perfume das flores em excesso, do padrão dos desenhos do pé da mesa. Do sol até o cemitério. Do carneiro na tampa do caixão. Da minha preocupação de não pisar em outras lápides até chegarmos a cova. Do canto macabro de um pássaro. Do número da cruz.
Parece que qualquer coisa antes de você ter ido se passou há no mínimo um ano. E isso tudo foi só em Agosto. Como raios o mundo pode continuar normal? Como nada mudou? Como o sol ainda nasce e se põe? Como todo mundo continua a trabalhar? Como assim eu ainda tenho que ir para faculdade? O tempo que eu não fui teve aula? Nada parece certo. Tanta gente chata e ruim aqui ainda. E você já teve que ir?
O consolo é esperar até a próxima. Numa outra tenho certeza que quando nos encontrarmos será tão tudo tão especial quanto foi nessa. Eu sei o que é amar. É amar a pessoa até com seus maiores defeitos. Ver nela tudo que há de bom no mundo.
Qualquer dia vou na praia Leme, que você queria tanto ir. Quem sabe não nos vemos lá.
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Programa para se esquecer de lembrar...
Há quem me dera que uma balada com as amigas resolvessem minha vida! Não pensar nas dívidas, na faculdade, no estágio que não se tem, na bagunça do seu armário... Superado os obstáculos " com que roupa eu vou???!!!" e "como vou chegar e como vou voltar" começa a festa.
A pré night começa na casa da amiga com os vidros de esmalte de cores tipo "paparazzi" e "plano perfeito", a maquiagem pode ser meio dramática ( - Droga! Esse olho está com rímel que o outro!)mas se supera. Na boate nada como um copo com líquido colorido e música tão alta que quando se entra no banheiro parece que se está surda. E a mágica acontece!
Os únicos problemas se tornam do nível de um cara chato que não vai embora ou de um sapato torturante. Aquela música que você adora, as amigas ao seu lado sorridentes, as luzes que deixam tudo menos fácil de ser criticado. Dane-se o sapato e arranje um "fora bem explícito para o mala.
FELIZ AMNÉSIA!
A pré night começa na casa da amiga com os vidros de esmalte de cores tipo "paparazzi" e "plano perfeito", a maquiagem pode ser meio dramática ( - Droga! Esse olho está com rímel que o outro!)mas se supera. Na boate nada como um copo com líquido colorido e música tão alta que quando se entra no banheiro parece que se está surda. E a mágica acontece!
Os únicos problemas se tornam do nível de um cara chato que não vai embora ou de um sapato torturante. Aquela música que você adora, as amigas ao seu lado sorridentes, as luzes que deixam tudo menos fácil de ser criticado. Dane-se o sapato e arranje um "fora bem explícito para o mala.
FELIZ AMNÉSIA!
quarta-feira, 6 de abril de 2011
À nossa semalhança
A vaidade humana simplesmente decreta que Deus lhe é semelhante. Sim, Deus que nos nos copia.O nosso Deus não é igual ao outro. Ele se encaixa em nossa sociedade como integrante exclusivo dela, o nosso não se ajusta a outra, isso é traição.
Nos equiparando ao Poder Supremo, nós o somos, mesmo que por curto tempo, nos damos poder e importância perante todos dentro da nossa verdade. Esse poder humano legitima até a fé, religião, magia, que achamos por ilusão estar num patamar acima. Os homens afirmam o que deve crer e fazer por um ideal e de sua visão individual impõe pela hierarquia sua megalomania.
Se por um lado há o homem impositor, há sempre o submisso à sua vontade. Esse último não deve se assimilar ao supremo porém o compreende no outro. Se achando incapaz ou não merecedor assiste passivo e acata o que lhe é imposto por um igual mais vaidoso.
Deus é minha semelhança, não a de terceiros. Somando- se tantos deuses com tantas certezas e condenações não é estranho a degladiação entre eles. Essa última feita, acreditada, maniplulada e inventada pelo ego humano.
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Gatos e Vontades
O gato é a vontade
Assim começo
Na vontade de ter um gato não relevei suas vontades
Esqueci que ele é vontade.
Como gatos fogem
Moro em apartamento
Com portas fechadas e sem muro nem quintal para ele pular.
Mas o gato dá seu jeito se você lhe tira o quintal e a fuga
Ele logo acha a janela
E lá fica para lhe afrontar
A janela do 4°andar é ainda maior que o muro a qual foi privado.
Como toda boa vontade
Se não tem a saída que deseja
Se apresenta e lhe oferece sua teimosia
Não importa o quanto vc a reprima
Não entende que o melhor p/ ela é permanecer dentro
Ela continua ali no parapeito a lhe desafiar.
Assim começo
Na vontade de ter um gato não relevei suas vontades
Esqueci que ele é vontade.
Como gatos fogem
Moro em apartamento
Com portas fechadas e sem muro nem quintal para ele pular.
Mas o gato dá seu jeito se você lhe tira o quintal e a fuga
Ele logo acha a janela
E lá fica para lhe afrontar
A janela do 4°andar é ainda maior que o muro a qual foi privado.
Como toda boa vontade
Se não tem a saída que deseja
Se apresenta e lhe oferece sua teimosia
Não importa o quanto vc a reprima
Não entende que o melhor p/ ela é permanecer dentro
Ela continua ali no parapeito a lhe desafiar.
Assinar:
Postagens (Atom)